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Espaços abertos e amplos: Vantagens, desafios e soluções arquitetónicas

  • Foto do escritor: Ana Carolina Santos
    Ana Carolina Santos
  • 1 de mai.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 4 de mai.

A distribuição em espaços abertos e amplos é uma tendência em crescimento na arquitetura contemporânea, mas continua a gerar opiniões divergentes. Por um lado, proporciona ambientes funcionais, modernos e integrados; por outro, levanta questões de privacidade e conforto. Neste post, analisamos de forma objetiva as principais vantagens e desvantagens deste conceito, ajudando-o a decidir se esta solução se adequa ao seu projeto.



O que são espaços abertos?


Um espaço aberto caracteriza-se pela ausência ou redução significativa de paredes divisórias, criando áreas multifuncionais e visualmente amplas. Habitualmente, integra zonas sociais como sala de estar, sala de jantar e cozinha, promovendo uma sensação de continuidade e fluidez. Em projetos residenciais, quartos e instalações sanitárias mantêm-se geralmente separados, exceto em lofts ou estúdios.


Integração de espaços interiores (cozinha, área de jantar e área de estar) e espaços exteriores (área verde privada)
Integração de espaços interiores (cozinha, área de jantar e área de estar) e espaços exteriores (área verde privada)

Vantagens dos espaços abertos e amplos


  • Integração de ambientes: Permite a articulação flexível de diferentes funções, adaptando o espaço a várias necessidades (ex: festas, leitura, convívio familiar).

  • Aumento da socialização: Facilita a comunicação e interação entre os utilizadores, tornando o ambiente mais aberto e convidativo.

  • Aproveitamento da luz natural: A ausência de paredes permite que a luz se difunda por toda a área, tornando o espaço mais luminoso e acolhedor.

  • Melhor ventilação: O ar circula de forma mais eficiente, contribuindo para um ambiente mais saudável e confortável.

  • Facilita a circulação: Sem barreiras físicas, o movimento entre zonas é mais fluido e os espaços parecem maiores.

  • Conexão com o exterior: Quando existe acesso a áreas exteriores, a integração entre interior e exterior é potenciada, promovendo o bem-estar e a ligação com a natureza.



“Espaços abertos promovem flexibilidade, luminosidade e uma vivência mais social e conectada.”


Desvantagens dos espaços abertos


  • Menor privacidade: A ausência de divisórias pode dificultar momentos de recolhimento ou concentração.

  • Propagação de odores e ruídos: Em especial na integração com a cozinha, os cheiros e sons podem espalhar-se facilmente pelo espaço.


Integração de cozinha, área de jantar e área de estar com área verde privada
Integração de cozinha, área de jantar e área de estar com área verde privada

Como minimizar os desafios


A experiência mostra que as desvantagens dos espaços abertos podem ser mitigadas com soluções de arquitetura e design:

  • Utilização de móveis estrategicamente posicionados para criar zonas distintas;

  • Instalação de sistemas de ventilação e exaustão eficientes;

  • Escolha de materiais acústicos para reduzir a propagação do som;

  • Planeamento de layouts que respeitem a privacidade em áreas-chave.



Exemplo prático


Num apartamento T2, a integração da sala e cozinha em open space permitiu criar um ambiente mais amplo, com melhor iluminação e circulação. A instalação de uma ilha com exaustor potente e divisórias móveis garantiu conforto e flexibilidade, superando os desafios iniciais de ruído e odores.



Para refletir


A adoção de espaços abertos e amplos pode transformar a experiência de habitar, promovendo ambientes mais versáteis, luminosos e sociais. No entanto, cada caso deve ser analisado individualmente, considerando as necessidades e rotinas dos utilizadores. O acompanhamento de um arquiteto é fundamental para encontrar soluções personalizadas e equilibradas, maximizando as vantagens e minimizando eventuais inconvenientes.


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