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Gestão dos Recursos Hídricos: Perspetiva da Arquitetura e Engenharia

  • Foto do escritor: Ana Carolina Santos
    Ana Carolina Santos
  • 12 de mai.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 22 de jun.

A água é um recurso essencial à vida e um dos pilares fundamentais para uma arquitetura sustentável em Portugal. A crescente preocupação com o ambiente, o ecossistema e a preservação dos recursos naturais exige uma abordagem rigorosa e integrada por parte de todos os intervenientes no território, incluindo arquitetos, engenheiros, autarquias e cidadãos.



Uma gestão eficiente da água é essencial para a segurança, sustentabilidade e qualidade de vida das populações.

Exemplo de uma má gestão de recursos hídricos
Exemplo de uma má gestão de recursos hídricos

Desafios atuais na gestão dos Recursos Hídricos


A ausência de articulação entre os organismos responsáveis pela gestão dos recursos hídricos e as autarquias tem levado a incidentes que colocam em risco tanto as populações como a sustentabilidade dos sistemas naturais. Os principais problemas identificados são:

  • Construção desordenada em zonas ribeirinhas

  • Impermeabilização excessiva do solo devido a infraestruturas mal planeadas

  • Falta de planeamento integrado entre entidades gestoras da água e do território

  • Insuficiente sensibilização dos utentes para a importância do registo e gestão de captações (minas, poços, furos)



Razões para agir


  • A água é indispensável à vida e à manutenção dos ecossistemas

  • Construção desordenada aumenta o risco de cheias, poluição e degradação ambiental

  • Impermeabilização do solo reduz a recarga dos aquíferos e agrava o escoamento superficial

  • Falta de articulação institucional dificulta a implementação de soluções eficazes

  • Desinformação dos utilizadores impede uma gestão responsável dos recursos



O papel do Arquiteto e Engenheiro


Os profissionais de arquitetura e engenharia têm um papel central na promoção de boas práticas na gestão dos recursos hídricos. Cabe-lhes:

  • Minimizar os impactos da impermeabilização do solo

  • Reduzir a poluição dos escoamentos superficiais

  • Preservar a topografia natural e as condições dos cursos de água

  • Integrar linhas de água em corredores verdes urbanos

  • Privilegiar o controlo estrutural e não estrutural de riscos

  • Manter linhas de água a céu aberto, evitando canalizações desnecessárias



Boas práticas a implementar


  • Planeamento urbano que respeite as zonas de proteção ribeirinha

  • Utilização de pavimentos permeáveis em espaços exteriores

  • Criação de sistemas de drenagem sustentável (SUDS)

  • Reabilitação de linhas de água degradadas e integração em espaços públicos

  • Educação e sensibilização dos utilizadores para o uso eficiente da água



Exemplo prático


Num projeto de reabilitação urbana junto a uma linha de água, a integração de zonas verdes, pavimentos permeáveis e sistemas de retenção de águas pluviais permitiu reduzir o risco de cheias e melhorar a qualidade ambiental do espaço, beneficiando toda a comunidade envolvente.



Para refletir


A gestão dos recursos hídricos é uma responsabilidade coletiva e transversal. Apenas com uma abordagem integrada, que envolva técnicos, autarquias e cidadãos, será possível garantir a sustentabilidade dos sistemas naturais e a qualidade de vida das gerações futuras. O compromisso com práticas sustentáveis deve estar presente em cada decisão de planeamento, projeto e construção.


Dica final: Consulte sempre profissionais qualificados para garantir que o seu projeto respeita as melhores práticas de gestão dos recursos hídricos e contribui para um território mais resiliente e sustentável.

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